É janeiro de 2015. Faz
praticamente 5 meses que estou na Nova Zelândia, e, como era de se esperar, o
intercâmbio está sendo muito enriquecedor. Conheci pessoas diferentes, culturas
diferentes e lugares extraordinários, e sim, tive momentos de tirar o fôlego.
Hoje, de frente para o computador, lendo outros blogs de viagem e o meu, refleti
sobre tudo o que já passei por aqui e me senti com medo (Senti dois tipo de medos)
O primeiro é de perder as memórias
que fiz aqui. Visitei lugares incríveis dos quais busquei sempre retratar em
fotos e vídeos 1/10 da sensação de estar ali. Observei, há um tempo atrás, um
amigo que passou junto comigo numa viagem apenas aproveitando os lugares sentado,
olhando, sentindo, vivenciando e achei aquilo fascinante! Comprovei a sabedoria
dele ao experimentar. Foi desta experiência que surgiu o meu primeiro medo, de
esquecer como cheguei até aqueles lugares, as conversas que tive e o caminho que
percorri. Muito, talvez, como já havia observado antes e comentado com outro
amigo, posso ter perdido trocando memorias e sensações por quadros. Martha
Medeiros escreveu em minha mais recente leitura (Um Lugar na Janela) que é
normal na primeira vez ao visitarmos um lugar de termos o impulso de pegar a máquina
e tirar A foto, “Click, click, click” como resumiu bem ela... E acrescentou:
melhor então, viajar no mínimo duas vezes para estes lugares, mas na segunda
vez, apenas sentir sem aquela ansiedade de registrar tudo. Deixe sua mente
descobrir a beleza e o sentido daquela manifestação natural da maneira certa. Sinto
que é preciso fazer isto. Voltar a alguns lugares.
Meu segundo medo, ironicamente
é justo opositor ao primeiro. Tenho medo de me perder em memórias também. Isto é,
querer tanto relembrar todos os momentos que tive e acabar esquecendo de fazer
novos. É como num namoro quando termina. Aquele período de “luto” em que tudo
que pensamos está em quem nos deixou, e, deixando assim, não vemos o próximo romance
logo ali. Tratando-se de viagens, meu receio é de acabar me esforçando demais
para lembrar de tudo e me frustrar de não conseguir. Esquecer de fazer novas
memórias, de ocupar mais espaço. Talvez precise começar a escrever em mais
detalhes sobre a Nova Zelândia, assim, lembrar será mais fácil e não exigirá tanto esforço mental, terei um papel a quem buscar sensações em palavras.
Então está ai, duas de minhas recentes
escapadas mentais (filosóficas?), um aprendizado escrito por mim, para mim. E
quem acompanha pode tirar proveito.
Nossa viagem continua!
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Afraid to lose my memories, afraid to be lost in my memories
It is January of 2015. It has been practicably 5 months since I came to New Zealand, and, as expected, this internship is being extremely enriching. I have met different people, different cultures and extraordinary places, and yes, had moments of taking my breath off. Today in front of my computer, reading other blogs of Traveling and my own, I thought about everything that I had experienced and felt afraid. (I felt two kinds of fear).
The first kind is to be afraid to lose my memories (here). I have travelled among incredible places which I always tried to retreat in photos or videos 1/10 of the sensation of being there. I observed some time in the past, one friend of mine during the same trip that we made just enjoy where we were, sitting, looking, feeling and "living in the moment" and I found that fascinating! I proved his wisdom trying for myself. Due to this experience that my first fear crossed my mind. I am afraid of forgetting how do I moved into such places, the talks that I had and the tracks made. I could, probably, as I had observed before and commented with another friend, have lost trading memories by boards (photos). Martha Medeiros (Brazilian famous writer) wrote in my recent reading (A Place on the Window) that it is normal, on the first time that we visited someplace, to had the impulse of picking up the camera e take 'The Picture', "Click,click,click" like she brilliantly summarized... In addition, she wrote: The best is then, travel at least two times to those places, and on the second time, just feel without that anxiety to keeping a record of everything. Let your mind discover the beauty and the feeling of such manifestation of nature in the right way. I feel that is that what I need to do. Come back to some places.
The second fear, ironically, is the exact opposite of the first one. I am also afraid to lose myself in my memories. This is, a desire so much to remember every single moment that I had and simply forget to make new ones. It is like a relationship when it ends, that "grieve" moment when everything that we thought is related on that someone who let us go, and, by not letting this go, we do not see the next romance right there (close to us). Speaking about travels, my fear is to try so hard to remember everything and frustrate myself by not accomplishing. I am fraid to forget to make new memories, occupy more space. Maybe I need to write in more details about New Zealand, then, remember will be much easier and would not involve mental effort, because I will always have a paper in which I can search for emotions in words.
So there you go, two of my recent mental escapes (philosophic?), one learning wrote by me, for myself, and who follows this blog can take advantage too.
Our trip Continues!
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